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Segunda, 25 Outubro 2021

Projeto para incentivar prédios sustentáveis foi discutido em audiência pública

Criação do IPTU Verde, que oferece benefícios para edifícios utilizarem ferramentas de menor impacto ambiental, será objeto de um projeto de lei

O uso das chamadas tecnologias verdes como alternativa à crise energética foi o tema da audiência pública realizada nesta segunda-feira (25), pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara Municipal do Rio. Na ocasião, foram apresentadas propostas para produção de energia em diferentes matrizes que ajudem a reduzir o consumo da energia das hidrelétricas. Presidente da comissão, o vereador Pedro Duarte (Novo) anunciou que está elaborando um projeto de lei para a criação do chamado IPTU Verde. 

Segundo Pedro Duarte, a proposta é incentivar a adoção de tecnologias sustentáveis tanto para novos edifícios quanto na adequação dos prédios existentes na cidade, o chamado retrofit. Segundo o vereador, é preciso pensar na descentralização da energia elétrica que é produzida e consumida no país. “O incentivo ao IPTU Verde muitas vezes se mistura a uma geração de energia descentralizada, sobretudo através da energia solar, o que pode, no médio e longo prazo a ajudar as cidades a serem menos dependentes da energia hidrelétrica, sobretudo com as mudanças climáticas e as dificuldades que as nossas hidrelétricas passam durante longos períodos de estiagem”, pontua.

O CEO da Clarke Energia, Pedro Rio, lembra que todas as fontes de energia trazem impactos ambientais, mas que é possível encontrar formas de mitigar esses impactos, como a diminuição do consumo de energia e o uso de fontes chamadas limpas. Ele ressalta que é preciso fomentar projetos inteligentes de geração de energia e de menor impacto ao meio ambiente, que terão resultados a médio e longo prazo.

“Precisamos pensar em estruturas que sejam sustentáveis do ponto de vista financeiro e ambiental e essas políticas trazem resultados demorados. Algumas medidas paliativas de curto prazo devem ser pensadas, como a tarifa social, mas só as políticas de longo prazo podem resolver o problema e criar um ciclo positivo, virtuoso. E políticas como o IPTU Verde vêm como políticas de longo prazo que resolvem o problema”, reitera.

Fontes alternativas de energia

A matriz energética do Brasil é majoritariamente hidráulica. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que, apesar de ter capacidade instalada de 63,1% da energia produzida no país, devido à crise hídrica e energética enfrentada atualmente, apenas 45,6% da energia produzida vem das hidrelétricas. O potencial vem sendo suprido por outras alternativas, como as termelétricas (33%) e a energia eólica (14,8%). 

A pesquisadora do Núcleo de Engenharia Ambiental da UFRJ, Giovanna Cavalcanti, destacou a necessidade do país ter uma segurança energética sólida para não sofrer com o desabastecimento ou com as variações muito significativas no preço da energia. A pesquisadora reforçou ainda que a nível do município, é possível pensar na produção alternativa de energia.

“A gente pode e deve tentar produzir energia na cidade, como, por exemplo, a energia de biomassa e a energia solar, com pontos distribuídos pela cidade. Quando a gente produz energia dentro do município, conseguimos reduzir a demanda das hidrelétricas ou das usinas térmicas, dependemos menos da energia que está armazenada e conferimos mais segurança para um momento de mais necessidade”, defende Giovanna.

A energia solar fotovoltaica, que consiste na utilização de placas para geração de energia por meio da luz do sol, tem se apresentado como uma das alternativas para a crise hídrica e a dependência das hidrelétricas. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), hoje a energia solar fotovoltaica representa 2% da matriz elétrica brasileira, mas até 2050 há uma expectativa de aumentar esse percentual para 32,2%. Hoje, o estado do Rio ocupa o sétimo lugar no ranking nacional dos estados produtores de energia solar.

“Temos a possibilidade, através do incentivo de energia solar, de produzir a própria energia aqui no Brasil, utilizando esta fonte de energia que é inesgotável e sem mais a necessidade de importar energia de outros países num valor muito caro”, afirma Camila Nascimento, representante da ABSOLAR.

Participaram ainda da audiência pública os vereadores Carlos Bolsonaro (Republicanos) e William Siri (PSOL), respectivamente vice-presidente e vogal da Comissão.

 

 

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