Segunda, 20 Setembro 2021

Políticas públicas para artes marciais foram assunto principal de debate público na Câmara do Rio

Participantes do encontro híbrido destacaram a importância das lutas e artes marciais na formação de cidadãos, principalmente os moradores de comunidades

Fotos: Leonardo Nogueira/CMRJ
Políticas públicas para artes marciais foram assunto principal de debate público na Câmara do Rio

A Frente Parlamentar em Defesa das Lutas e Artes Marciais promoveu um debate público no Plenário da Câmara do Rio na tarde desta segunda (20), que reuniu diversos atores que exercem um papel fundamental no setor, para pensar e implementar políticas públicas efetivas. Parlamentares, representantes do Poder Executivo, professores de artes marciais e atletas discutiram a importância deste esporte na formação de indivíduos. 

Presidente do colegiado em Defesa das Lutas e Artes Marciais, o vereador Marcelo Arar (PTB), destacou que a prática de esportes vai além dos benefícios que traz para corpo, mente e um tipo de lazer ou entretenimento. “As lutas auxiliam no desenvolvimento integral dos indivíduos em formação. Quantos de nós já presenciamos histórias de superação, de transformação de alunos que praticam alguma arte marcial na escola, em projetos sociais ou em academias? A luta emprega milhares de profissionais, há tempos exportamos professores para todo o mundo”, acrescentou.

O parlamentar ainda enumerou algumas vitórias para o esporte que foram obtidas nos últimos meses como a criação de protocolos de segurança que foram implementados pela prefeitura, a ampliação do projeto Escola de Lutas (ainda interrompido por conta da pandemia) e a nomeação de 12 logradouros públicos na cidade homenageando grandes referências do mundo das artes marciais. 

O presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (DEM), contou que já foi um praticante do judô e enfatizou que a Casa valoriza os esportes. “Na discussão do orçamento foi fundamental a nossa posição legislativa no entendimento junto ao prefeito Eduardo Paes de que as vilas olímpicas tinham que ser abertas o quanto antes. Porque isso vai além do trabalho de saúde, da educação complementar, em um momento também de depressão de muitas pessoas, não só dos jovens mas também dos adultos. E nós tivemos essa posição aqui na Casa, diante de todos os processos de discussão orçamentária a gente busca ampliar as políticas públicas em defesa do esporte”, ressaltou. 

À frente da Secretaria Municipal de Habitação e um entusiasta das artes marciais, Claudio Caiado reforçou que o esporte cumpre um papel essencial na vida de muitas pessoas e relembrou como as lutas eram vistas anteriormente pela sociedade. “Sabemos como as lutas foram marginalizadas e acho que vocês, com muita competência, tiraram esse estigma e hoje todos vêem a importância do esporte e principalmente as lutas para formação de caráter, para disciplina, para o aprendizado. Aprendemos que temos adversários e não inimigos, aprendemos a perder, a ganhar”, apontou o secretário.

Ex-lutador de MMA premiado e hoje professor em um projeto social no Complexo do Alemão, Rogério Nogueira, mais conhecido como Minotouro, sublinhou como o educador de arte marcial faz um papel de resgate. “Eu sempre falo que o mais importante é quando chega ao final de cada aula e a gente pode dar uma palavra de apoio, de confiança para aquele garoto, principalmente aquele de comunidade. Ele precisa muito dessa confiança, do exemplo do mestre”, contou. 

O espaço das mulheres nas lutas e nas artes marciais

Pentacampeã mundial de jiu-jitsu, empresária e professora, Kyra Gracie chamou a atenção para o fato de que ainda há barreiras para as mulheres quando o assunto é a prática de lutas marciais. “A gente vive, infelizmente, em uma cultura muito machista ainda, principalmente nas artes marciais. E se cada um aqui fizer a sua parte para poder ter um ambiente mais acolhedor, mais seguro para as mulheres, onde nos campeonatos nós vamos ter a mesma visibilidade, e daqui a pouco a mesma premiação também. Mulheres na liderança dos campeonatos, das academias, em todos os ambientes, isso vai ajudar muito a nossa comunidade para que a gente também possa crescer nesse lado. É a bandeira que eu levanto como nova geração da família Gracie”, declarou. 

Ainda participaram do debate público o professora de Artes Marciais, Geraldo Bernardes; o diretor do Hospital Municipal Lourenço Jorge, Alfredo Padilha; o tricampeão de boxe, Éder Jofre; o ex-lutador e professor Robson Gracie; o secretário de Esportes do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Leandro Alves; o Mestre Camisa da Abadá Capoeira, Alexandre Sanhaço; o vice-presidente administrativo da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), Leandro Azevedo; o jornalista esportivo Mário Filho, entre outros.

 

 

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