Possibilitar o acesso à internet nas favelas e comunidades do Rio e mobilizar a cadeia produtiva das escolas de samba para produção e doação de máscaras de tecido. Estas foram algumas das ações sugeridas para dar suporte às comunidades da cidade, durante reunião realizada nesta quarta-feira (28), na Câmara Municipal do Rio.
Conduzida pelo presidente da Câmara do Rio, vereador Carlo Caiado (DEM) e pelo vereador Reimont (PT), um dos autores da lei que criou o Programa Emergencial de Combate ao Coronavírus nas Favelas e Comunidades (Lei Nº 6.760/2020), a reunião contou com a presença de representantes de comunidades e pesquisadores da PUC-Rio e da UFRJ, além dos vereadores Átila A. Nunes (DEM) e Luciano Vieira (Avante). O encontro discutiu medidas de participação ativa do Legislativo em diversas frentes, como a democratização no acesso à informação; a ampliação da vacinação, e o estímulo à aquisição de equipamentos de proteção, de produtos de higiene, do acesso à água e ao saneamento básico.
Uma das propostas apresentadas pelo vereador Reimont pretende incluir na Parceria Público-Privada (PPP) de modernização da iluminação pública a garantia de pontos de acesso à internet nas favelas, com o objetivo de melhorar o acesso dos moradores. “A PPP da Rioluz vai trazer para cidade 5 mil pontos de wi-fi. A Câmara pode, institucionalmente, apresentar um projeto de lei nosso para que as favelas do Rio de Janeiro também tenham direito a alguns desses pontos”, acredita.
Parcerias em debate
O presidente Carlo Caiado afirmou que na próxima semana haverá uma reunião com o presidente da Rioluz para avaliar a possibilidade de elaboração de projeto que garanta o acesso aos pontos de wi-fi nas comunidades. Ele destacou ainda ações realizadas pela Câmara do Rio no combate à Covid no município, como a doação de R$ 60 milhões para a Prefeitura, a aprovação de lei que autoriza a compra de vacinas pelo consórcio de municípios e a criação de frentes parlamentares e de comissões de representação para debater temas relacionados ao enfrentamento da pandemia. Caiado destacou também que a Câmara do Rio mantém diálogo constante com secretarias municipais e órgãos, como Comlurb e CEDAE, para discutir outras medidas de combate ao coronavírus nestas localidades.
Carlo Caiado falou ainda sobre a parceria que está sendo fechada com escolas de samba para produção e doação de máscaras. “Estamos conduzindo, junto à Liesa, uma campanha para que a Cidade do Samba possa produzir máscaras que serão doadas à população das comunidades", concluiu.
Covid nas comunidades
De acordo com o Painel Unificado Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, já foram confirmados 44.799 casos e 4.379 óbitos nas comunidades fluminenses. Relatos obtidos pela Fiocruz apontam que o vírus atinge de forma mais expressiva as áreas mais pobres da cidade, com menos infraestrutura estatal. Moradores das comunidades, que já enfrentavam problemas com o saneamento, o acesso à água e coleta de lixo, viram a situação se agravar com a pandemia.
