A Frente Parlamentar em Defesa das Lutas e Artes Marciais se reuniu, nesta sexta-feira (15), com representantes da categoria para alinhar e definir os critérios do Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais, que será realizado na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca, no próximo dia 23 de outubro. Segundo dados da Technavio, empresa global de pesquisa industrial, até 2025 o mercado de artes marciais crescerá US$ 249 milhões.
A reunião contou com a presença do vereador Marcelo Arar (PTB), presidente da frente. Ele mencionou uma proposição de sua autoria, que deverá ser votada ainda este ano, e colocará o evento no calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro. “A Prefeitura do Rio e a Câmara do Rio entendem que as lutas e as artes marciais são de extrema importância para a nossa sociedade. As artes marciais, além de esporte, são educação”, pontuou.
O professor Fabrício Xavier, representando a Secretaria Municipal de Esportes, fez a apresentação de como será a premiação e ressaltou que o objetivo é deixar um legado. “O propósito é inspirar as novas gerações com modelos e referências no esporte. Estamos em busca de reconhecimento, valorização e construção de políticas públicas para o esporte”. Xavier ainda revelou que o lutador de artes marciais Rickson Gracie deverá ser homenageado no evento.
Um dos objetivos da premiação, que deverá reconhecer o talento e o trabalho de cerca de 200 atletas, é chamar a atenção do Poder Público e da iniciativa privada para o esporte, e aproximar, ainda mais, as artes marciais da população. O evento espera alcançar um total de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, por meio das redes sociais, sendo 9,5% deste público da cidade do Rio de Janeiro, o que corresponde a 570.000 pessoas.
O presidente da Confederação Olímpica de Judô, Jucinei Costa, acredita que a criação do prêmio vai contribuir para dar maior visibilidade às artes marciais. “Eu tenho 55 anos de esporte, e o que estou vendo nesta Casa hoje eu nunca vi no mundo. Esse projeto vai ser um boom na mídia e vai engrandecer todas as artes marciais aqui presentes. E como foi falado, a instituição que não for contemplada agora vai se esforçar para ser num outro momento”, conclui.
Para Jucinei Costa, é preciso maior apoio para atletas sem recursos financeiros. “Os projetos sociais deveriam ser contemplados na premiação, pois o que está faltando nas artes marciais é apoio a quem se esforça na base, e não àqueles que já têm dinheiro. Os alunos sem recursos fazem da tripa coração, e merecem reconhecimento”, argumentou Jucinei.
Os representantes do esporte terão até a próxima segunda-feira, dia 18 de setembro, para enviar suas contribuições em relação aos critérios da premiação.