Os vereadores foram à tribuna na tarde desta terça-feira (29) para repudiar a violência sofrida pelo vereador Marcelo Diniz (Solidariedade) e sua família na última semana. Na tarde de sexta (25), criminosos fizeram um ataque a tiros contra a sua residência, na comunidade da Muzema, situada na Zona Oeste do Rio.
O parlamentar agradeceu o apoio das autoridades, em especial do governador, do vice-governador, da Polícia Civil e da Divisão de Homicídios, além de reforçar que confia na capacidade das instituições para elucidação do caso.
“Isso caracteriza um atentado contra a minha pessoa e contra a minha família, tudo tiro na altura da cabeça do meu pai e da minha mãe. Se Deus não tivesse colocado essa pilastra ali, meu pai poderia estar morto. Teve uma pessoa baleada. A minha mãe estava ao lado de uma parede que ficou cheia de tiros. Isso é inadmissível”, exclamou Diniz.
Presidente da Câmara do Rio, o vereador Carlo Caiado (PSD) enfatizou que a Casa se solidariza com o parlamentar e enumerou algumas ações que foram tomadas. “Assim que soubemos do ocorrido, em nome de toda Câmara ligamos para Vossa Excelência, ligamos para o Governador do Estado para que ele pudesse interceder junto às forças policiais e todo o processo de investigação. Colocamos toda a Casa à disposição e a Diretoria de Segurança para ajudar nas apurações e acompanhar o caso”, acrescentou Caiado.
Vítima de ameaças também na última semana, a vereadora Monica Benicio (PSOL) refletiu sobre a criminalização da política institucional e a frequente ocorrência de ações totalmente contrárias aos princípios democráticos. “É importante que não só a Câmara Municipal, mas a sociedade carioca esteja atenta a esta escalada de violência. Nós devemos cobrar de todas as autoridades competentes que haja uma resposta para o que aconteceu. Porque sabemos que a não resposta também incentiva a violência. A gente vê isso sobre o caso da Marielle Franco, por exemplo, cinco anos e cinco meses sem resposta. É isso que admitimos hoje, que um grupo político é capaz de assassinar como forma de fazer política na certeza na impunidade”, sublinhou a parlamentar.