O prefeito eleito Eduardo Paes e seu vice, Nilton Caldeira, foram empossados na tarde dessa sexta-feira (1º) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A sessão extraordinária foi capitaneada pelo presidente eleito, Carlo Caiado (DEM), e contou com a presença do presidente do Tribunal de Contas do Município, Thiers Vianna Montebello, e do vice-presidente do Tribunal, Luiz Antônio Guaraná.
Paes inicia seu terceiro mandato à frente da prefeitura do Rio igualando o feito do vereador Cesar Maia (DEM), que comandou a cidade de 1993 a 1997 e de 2001 a 2009. Após assumir o compromisso de respeitar as leis e cumprir seu mandato com retidão, Eduardo Paes discursou para os novos vereadores prometendo trabalhar para recuperar a condição econômica e o grau de investimento, bem como abrir 300 novos leitos para Covid-19, com total transparência no uso de recursos e equipamentos.
"Tenho total consciência do peso de minha responsabilidade e do desafio que teremos. E isso só aumenta a minha disposição. Sei das diferenças que temos mas também que é possível obter consensos mínimos em prol de nossa cidade. Não terei secretário específico para relações com o parlamento. Essa relação será direta baseada no diálogo e na escuta", afirmou.
Paes adiantou que foram publicados hoje 70 de decretos para começar a dar respostas rápidas às questões que têm afligido o povo carioca em relação à saúde, transporte, ensino, melhoria dos serviços públicos e modernização urbana e administrativa. "Nunca um prefeito recebeu uma herança tão perversa, com um desafio fiscal que alcança um deficit de R$ 10 bilhões. Iremos recompor o caixa, reconquistar a boa classificação de risco pelas agências internacionais, recuperar o grau de investimento e colocar o município numa rota positiva de aumento da capacidade de investimento e melhoria dos serviços públicos", garantiu.
O prefeito eleito revelou que focará o combate à corrupção e desvios administrativos por meio da criação de uma Secretaria de Governo e Integridade Pública, cujo objetivo vai ser fazer do Rio de Janeiro um paradigma na forma de fazer política e gerir a coisa pública, como referência nacional de combate à corrupção. Por fim, Paes disse que vai apresentar um correto diagnóstico da situação da Prefeitura e que esta será imediatamente comunicada à sociedade. "Não ficaremos olhando para trás reclamando de herança maldita. Olharemos para frente para avançar, enfrentar os problemas e não se perder neles. Podem estar certos que faremos um governo múltiplo, plural, democrático e antirracista para que, juntos, possamos reviver a nossa cidade. Podem contar com minha força e disposição para cumprir essa missão", concluiu.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro entra em recesso legislativo voltando às atividades no dia 15 de fevereiro.