Ícone e entidade de muita luz e sabedoria da umbanda, o Zé Pelintra representa uma figura de encantamento, porém foi um revolucionário ao dar novo significado para a arte dos menos favorecidos, que era marginalizada. Para homenageá-lo, a Câmara do Rio aprovou a Lei nº 7.549/2022, que cria o Dia do Zé Pelintra, que deverá ser comemorada na cidade do Rio todo dia 7 de julho.
A lei foi promulgada nesta terça-feira (20) pelo presidente da Casa Legislativa, vereador Carlo Caiado, e é de autoria dos vereadores Átila A. Nunes (PSD) e Tarcísio Motta (PSOL). “A inclusão da data no calendário oficial da cidade será um marco importante. Ela poderá ser aproveitada para os festejos tradicionais, a unificação entre lideranças religiosas e instituições, que sofrem com intolerância religiosa, racismo e xenofobia”, justifica Átila A. Nunes.
O Zé Pelintra possui um santuário na cidade do Rio de Janeiro, que se localiza no bairro da Lapa. Seu jeito descontraído e irreverente tem identificação com o carioca, um arquétipo do malandro, cheio de ginga e jogo de cintura. Uma das entidades mais populares de matriz africana, Zé Pelintra é citado, muitas vezes, em artes, como pinturas, obras literárias e poéticas e na música. O músico Itamar Assumpção, morto em 2003, cantava, em sua homenagem: “E quando Zé Pelintra pinta na aldeia, o povo todo saracoteia”.