A Comissão Especial criada para formular políticas para a saúde animal promoveu uma audiência pública na tarde desta sexta-feira, dia 16, para debater a adoção de medidas de fiscalização das normas de segurança e de prevenção contra ataques de cães nas praias e vias públicas do município.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram feitos 15.545 registros de pessoas atendidas em unidades primárias de saúde devido a ataques de cães em 2021. No último ano já são mais de 41 crimes registrados nas delegacias, envolvendo somente cães da raça pitbull, que circulavam em locais públicos sem coleira e sem focinheira.
Presidente do colegiado, o vereador Dr. Marcos Paulo (PSOL) destacou que o cenário se agravou com o aumento no número de ocorrências de ataques de cães em 2022. “Essa audiência pública é muito importante porque nós temos visto pela televisão e até mesmo puxando as estatísticas, principalmente neste ano, muitos animais ferozes atacando tanto outros animais como seres humanos, levando a casos de lesões graves ou até mesmo o óbito”, ressaltou o parlamentar.
Já o relator da Comissão Especial, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), apontou que a intenção da Câmara do Rio é criar uma conscientização sobre uma posse responsável. “A gente está aqui para defender os nossos animais. Mas também precisamos ter responsabilidade com esses animais que têm um comportamento feroz. Por isso, é necessário que a gente conscientize esses tutores para que eles possam passear com seus animais com mais responsabilidade, usando a focinheira e a guia. Só assim nós teremos um convívio pacífico com os animais e também com seres humanos preservando a vida de todos”, explicou o vereador.
Representantes do Poder Executivo enumeraram algumas ações que já foram feitas pela prefeitura para prevenir esse tipo de ataque. “A gente já instaurou nesta gestão a campanha nas escolas da rede municipal. Mas a gente precisa dessa vez, no meu entender, fazer uma campanha específica para os donos desses animais porque não adianta a gente esconder. Ter pit bulls na cidade parece que foi uma epidemia, uma moda. Então, a gente precisa também fazer um trabalho específico para esses tutores a fim de que eles manejem seus animais com maior responsabilidade”, acrescentou Vinicius Cordeiro, secretário municipal de Proteção Animal.
A partir de todas as informações levantadas durante a audiência pública, os vereadores irão criar um projeto de lei sobre o tema, atualizando a legislação existente. A expectativa é criar campanhas educacionais direcionadas aos responsáveis pelos animais. Ainda participaram da discussão representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Controle de Zoonoses.